quarta-feira, 25 de abril de 2012

AERONAVE EMB 145 AEW&C


Para a FAB esta aeronave é chamada E99 e a sigla AEW&C do inglês Airbone Early Warning and Control é uma aeronave de Alerta Aéreo Antecipado e Controle.
Poucas forças aéreas tem esse tipo de aeronave e a EMBRAER já vendeu para a Grécia Índia e México. No Brasil, a FAB usa essa aeronave para apoio ao SIVAM (sistema de vigilância da Amazônia), mas está provado que é uma aeronave de grande valor estratégico.
Esse tipo de aeronave é usado nas versões E99A e E99B e tem ainda para patrulha marítima os P3 ORION que são aeronaves antigas oriundas do comercial Electra da Varig, mas são aeronaves bem diferentes.
Essa aeronave E99 foi concebida usando a plataforma do jato comercial regional EMB-145 onde foi aumentada a autonomia de voo e a estrutura reforçada para suportar as antenas e acréscimo de Winglets (dobra na ponta das asas para melhorar a aerodinâmica e maior alcance).

Na versão AEW&C há novos sistemas de comunicação e navegação, sistema de enlace de dados, sensor de monitoramento de sinais e comunicações clandestinas, console de comandos e controle. Estão operacionais 03 aeronaves desde 2002, de um total de 05 e estão posicionados na base aérea de Anápolis, em Goiás, podendo ser utilizados rapidamente em qualquer lugar do Brasil, nos casos específicos de sua especialidade.
Nesses aviões falta a PROBE para abastecimento em voo (opcional), pois a FAB ainda não providenciou a sua instalação(?).
O data link (enlace de dados) é para interligar todos os caças da FAB ao R99, tornando a FAB uma das poucas forças aéreas do mundo com esse poder. O radar é do tipo ERICSSON PS-890 Erieye de antena plana usado na versão A, do tipo de varredura eletrônica ativa, caracterizado por não depender de movimento giratório de 360º da antena de busca, comum em outros radares de vigilância aerotransportados instalada sobre a fuselagem da aeronave; a nossa antena contém 192 módulos auto redirecionáveis de transmissão de sinais permitindo o rastreio de aeronaves menores, míssil de cruzeiro ou mesmo navios. Numa altitude de 7.600m sua varredura é superior a 350 km ao redor do E99 podendo ver até 300 tráfegos aéreos. Possui capacidade de mudar sua frequência quando sofre interferência proposital. Os sistemas e sensores instalados no E99 o tornam capacitado a atuar em varias missões, tais como:
·                  Vigilância e controle de fronteiras;
·                  Vigilância marítima;
·                  Controle de sinais de comunicações;
·                  Coordenação nas operações de busca e salvamento;
·                  Controle dos caças;
·                  Controle do espaço aéreo.
Os E99 têm 02 pilotos e 06 operadores de sistema voa a uma velocidade de 0,78 match, alcance enorme se for abastecido no ar, com altura de mais de 11mil metros. Decola com 2270m e aterrissa com 1345m de pista, tem 02 motores turbo fan Rolls-Royce AE3007 A1s de 3368 kgf de empuxo unitário com FADEC (computador que controla o motor).
Possuem todo o sistema para um perfeito AEW&C e tem sistema defensivo RWR e reabastecimento em voo.
O E99B é uma variante do E99A possuindo outro tipo de radar com abertura sintética, combinação eletro-óptica e sistemas FLIR e ainda um scanner multiespectral e inteligência de sinais e capacidades C3 especificas da técnica AEW&C. A FAB tem 03 aeronaves dessa versão. Os primeiros destroços voo 447 da Air France foram achados pelo E99 da FAB dando inicio as operações de resgate pela Marinha do Brasil.
A FAB com este tipo de aeronave atingiu um grande nível de modernidade e respeito pelo caráter dissuasivo que impõe para outras forças aéreas.

sábado, 14 de abril de 2012

MODERNIZAÇÃO DOS AVIÕES DA FAB

AMX será rebatizado como A-1M depois de modernizado.
Este caça foi produzido inicialmente de um acordo binacional Brasil-Itália em 1981 concebido como bombardeio de precisão. Os AMX pertencentes a Itália mostravam seu valor na guerra do Kosovo, em 1999, onde cumpriram 252 missões de combate na Sérvia sem nenhuma perda.
A 1ª mulher do Brasil a comandar um jato de combate foi a Tenente Carla Alexandre Borges e foi num AMX.
O preço de modernização é de 02 bilhões de reais e vai aumentar a vida desses jatos até 2032.
 A modernização não é vista por fora, mas por dentro e torna o jato n ovo de 4ª geração. O AMX voa a 900 km por hora em uma altitude de apenas 100m, além de uma precisão fenomenal, acerta tudo que mira. Tem radar sofisticado, um computador de missão de combate e pode transportar ate 3,8 ton de armas.
O piloto terá um capacete onde serão projetados todos os dados pertinentes à operação de voo com recursos de visão noturna e o seu manche comanda todo o avião. Ele é compacto e manobrável, de asas curtas, mede 13,5m de comprimento e envergadura de 8,87m, pesando 13ton. É um senhor caça, apesar de subsônico, mas com a conexão com os R99 se torna uma arma muito sofisticada.
A modernização dos aviões de caça segue os programas ALX e AMX-T, inclusive para os F5 formando enlace de dados de interoperacionalidade.
Todos os caças modernizados tem esse enlace de dados entre si e com os R99A/B. este enlace é um grande instrumento de comunicação entre as aeronaves e o comando da aeronáutica em terra e poucos países o possuem.
A FAB possui os seguintes caças: 99 unidades ALX (Super-Tucano), 57 unidades F5, 52 unidades AM-1, 10 unidades F2000C(Mirage), 2 unidades F2000B(Mirage) e 109 unidades T27(caça para treinamento). Além disso, a FAB conta com a eficiência dos sargentos especialistas que fazem a diferença para as outras forças aéreas e eles sabem disso, portanto a FAB apesar de não ter ainda caças de 5ª geração é uma força aérea de respeito. No próximo post, escreverei sobre os R99 construídos na plataforma do EMB 145.